O delegado Jorge Pontes, entrevistado pelo Estadão, disse que a
máfia é fichinha perto da ORCRIM que sequestrou o Brasil.
Leia aqui:
“A PF não quer ter
independência. Queremos autonomia administrativa e orçamentária, só isso. Temos
que entender bem que a quadrilha que tomou o país de assalto não tem o poder,
eles são o poder. Nomeiam os seus próprios julgadores, aprovam leis que nos
intimidam, que intimidam procuradores da República e juízes federais. E também
aprovam leis que os tornam mais blindados, ainda. Máfia, Cartel de Cali,
Yakuza, PCC, é tudo fichinha perto do desafio que a Polícia Federal enfrenta.”
Ele teme pelo futuro da PF:
“Vejo o futuro da corporação da
mesma forma que vejo o futuro do Brasil. Para onde for o Brasil, irá a PF.
Estão engatadas. Mas uma nuvem sombria tomou o céu e a sociedade está
paralisada, estática, sem reação. Estamos vivendo um momento extremamente
delicado, em que as forças do crime institucionalizado estão se reagrupando
para contra-atacar a Lava Jato e evitar de todas as maneiras as suas
respectivas consequências, a saber, a punição dos poderosos envolvidos. Nossa
instituição não existe no espaço, gravitando, isto é, ela está umbilicalmente
ligada ao Ministério da Justiça, que por sua vez é um braço do Presidente da
República. A PF está no contexto, por mais que nossas atividades como polícia judiciária
não se subordinem à hierarquia administrativa governamental.”
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